segunda-feira, 13 de julho de 2015

Redescobrindo e deslumbrando


Você já parou para perceber como uma criança se porta ao descobrir algo, ganhar algum brinquedo novo, ou aprender alguma brincadeira nova? É como se ela segurasse agora um novo mundo de possibilidades e potenciais jamais explorado. Uma descoberta fascinante e cheia de vida.
Não é esse senso primordial de admiração no rosto de uma criança, quando elas são totalmente absorvidas pelo momento e estão entusiasmadas sobre que tipo de experiência a espera ao dobrar a esquina, algo a se refletir?
A vida tem sempre uma forma de superar as nossas expectativas e de nos surpreender, não é? Você é traído. Gasta seu tempo, energia e dinheiro em algo que te decepciona. E nada acontece do jeito que você esperava. Ou você perde alguma coisa, ou alguém.
É como se a partir de aí fosse se formando uma camada dura e impenetrável em torno do seu coração. E você começa a olhar com desprezo frequentemente. Se torna um pouco mais cético, cansado e cínico. Com os braços cruzados, pensa “Por que eu deveria me arriscar novamente? ” Você acaba de se tornar mais um espectador.
Eu não acredito que é isso que Deus quer para nós. Como diz o Salmo, “Prove e veja que o Senhor é bom”. Experimentar é sobre o total engajamento de nossos sentidos. Experimentar é crer que existe muito mais coisas acontecendo ao nosso redor do que havíamos percebido antes. Experimentar é ter a certeza de que Deus está muito perto. Jesus nos convida a experimentar e provar. Viver as coisas novas que Deus está fazendo no mundo.
Há um grande mal-entendido em comunidades religiosas sobre a natureza do “experimentar”. Nestes últimos dias, vemos inúmeras discussões sobre o tentar obter as palavras certas. Como se a maior intenção de Jesus para conosco é que tenhamos um pensamento doutrinário correto. Se esse fosse o caso, Ele teria dito: “Bem-aventurados aqueles que estão mais certos do que os outros”. Uma coisa é falar sobre algo, outra coisa é provar. Uma coisa é estar certo sobre algo, outra coisa é ser inundado.
E eu realmente acho que é por isso que ouço tantos usando o clichê “Sou espiritual, mas não religioso”. Isso deixa claro que as próprias instituições que deveriam alimentar e cultivar essa sensação maravilhosa da vida no mundo de Deus têm falhado em nível muito profundo. Essencialmente se tornaram tão presos em defender e analisar que se perderam e tornaram-se incapazes de se surpreender e serem inundados com admiração e deslumbramento.
É por isso que Jesus diz “Siga-me”. Ele nos confronta com esse convite. O convite de deixar para trás todos os motivos que temos para estarmos amargos e cansados. Porque, vamos ser honestos, o que você quer, você pode achar nesse mundo. Todos nós queremos ser bem-sucedidos. Mas o que realmente queremos é fascínio e espanto. Esse é o nosso real desejo.
Jesus nos convida a abrir mão da vida de espectador para experimentar da completa, vibrante, dinâmica e elétrica vida com Deus. Ele insiste em dizer que está disponível. 
Que você possa redescobrir este senso inocente de descobertas maravilhosas. Que você esteja aberto ao novo, ao que Deus está fazendo aqui e agora. 

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